Este livro faz a cr nica de eventos chave da hist ria do PCI que como diz o autor foi sem d vida o maior partido comunista do ocidente Um partido que alcan ou 2500000 de inscritos e conseguiu alcan ar 1 3 dos votos dos italianos Concentra se na poca de Enrico Berlinguer a qual divide em 2 per odos Um primeiro como art fice da pol tica do compromesso storico e o segundo Berlinguer depois do falhan o do dito compromesso e do assassinato de Aldo Moro em que o PCI volta a assumir um papel mais oposicionista uma vez que o PCI tinha conclu do que n o iria acontecer uma renova o da democracia crist e a sua ala esquerda n o acumulou for a Nesta segunda fase o PCI procurou ser art fice de uma vasta alian a conjugando a no o de partido de rua in piazza e de partido habilitado para a governa o detentor alias poca do governo de vastas regi es italianas muito curioso o discurso ensaiado por Berlinguer mais nesta segunda fase na defesa de uma esp cie de austeridade J uma vez tinha aqui falado nisso na publica o de alguns discursos de Berlinguer Casa per casa strada per strada Nos idos de 70 a no o de austeridade um ensaio n o inteiramente desenvolvido mas que se calhar dev amos debater n o tanto como austeridade no sentido liberal de supply side economics economia de baixar os custos da produ o incluindo obviamente o ataque aos sal rios e aos direitos laborais mas uma ideia de frugalidade e de reorganiza o da rela o da nossa esp cie com a natureza Basicamente Berlinguer ensaia dizer que os trabalhadores n o s o partida esbanjadores pelo contr rio tendem a ser frugais Ao inv s s o os ricos que desperdi am que atentam contra a natureza o capitalismo que assenta na hiperprodu o no consumismo desenfreado e que procura constantemente delapidar os recursos naturais Uma economia ser melhor dizer um modo de vida comunista n o procurar produzir sem perguntar como produzir e para qu produzir Em certo sentido como alias tem afirmado o Cavalheiro uma economia comunista desenvolvida tende a ser estacion ria do ponto de vista do crescimento Ou por outra maneira tende a dar prioridade a aumentos de produ o de forma seletiva e bem consensualizada aquela imagem de que a bicicleta uma arma anticapitalista pois faz aumentar o exerc cio que os dados mais recentes da ci ncia mostram ser o principal determinante da longevidade evita comprar autom veis reduz os gastos de energia e coloca trav es aos interesses do capital do sistema de transportes e da ind stria autom vel para particulares Uma tal economia implica o decl nio do papel do valor da teoria do valor de Marx e do pr prio capital Contudo o discurso de Berlinguer nas poucas interven es dele que conhe o aponta para a constru o de uma ideia pol tica anticapitalista mas por via de uma afirma o moral das escolhas desenvolvimentistas necess rias na redistribui o da riqueza desde logo com forte nfase na constru o de um sistema mundial de redistribui o a favor dos exclu dos das benesses da economia mundial De certa maneira estaremos em condi es de dar prioridade distribui o e n o tanto a aumentar a produ o Com a produ o atual poder amos fazer muito melhor Os discursos de Berlinguer antecipam por mais de 20 anos toda a nossa atual constru o ecologista e confrontou poca a imoralidade da democracia crist toda a sua estrutura clientelar e toda a corrup o que revoltava e creio que ainda revolta a It lia A ideia do PCI nessa poca era ganhar uma vasta alian a social para a vit ria por via parlamentar de acordo com estes princ pios ligado a uma forte alian a com a luta das mulheres nesses anos a It lia teve o referendo do div rcio e o referendo do aborto e a luta dos prec rios Noto sempre nestas descri es uma falta de analises econ mica e da base social para a mudan a Ainda que possa haver muita intui o nestas condutas na verdade ningu m ter ido mais longe do que os italianos na busca de alcan ar o governo por via eleitoral E esse o maior interesse destas cr nicas Na morte de Berlinguer por avc hemorr gico num com cio em P dua em 1984 a It lia mobilizou se de forma nunca vista para o seu funeral Milh es de italianos prestaram homenagem ao secret rio geral e pareceram quer sublinhar que o PCI estava para preencher um papel especial na vida italiana e que o seu futuro seria o de respeitar e recriar o seu legado Depois foi uma estonteante caminhada para a liquida o depois de v rias derrotas eleitorais e do caos na URSS Achile Occheto o grande liquidacionista conseguiu fazer aprovar o fim do PCI em 1991 num processo hipertraum tico que quase num pice destruiu d cadas de constru o hist rica heroica revolucion ria O contexto foi o da queda da URSS da vit ria do neoliberalismo da Tatcher e do Regan e o da viragem da socialdemocracia para o social liberalismo Achile Ocheto conseguiu convencer centenas de milhar a matar o PCI a favor de uma nova entidade la cosa de Nanni Moretti sem qualquer conte do que acabou por se extinguir nas areias do deserto como o delta do Okavanko na Nam bia Quando os comunistas perdem a ideia de revolu o eles perdem tamb m o sentido da aventura E os comunistas sem o sentido da aventura tornam se aborrecidos e isso j foi visto por vezes tornam se gente perigosa dangereux testemunho de um militante do PCI por altura do congresso da liquida o O que eu acho desta cita o que a fibra transformadora chave na radicalidade comunista e sem ela n o h projeto nem capacidade de fazer avan ar o mundo Seja por via da conquista de poder insurrecional seja por via eleitoral Em todas as modalidades o que interessa preservar esse n cleo fundamental da. nossa identidade Uma ltima nota para o livro do Hugues le Paige Ele afirma com todas as letras que o processo de liquida o foi em grande parte levado por diante e venceu pela a o do vasto aparelho de funcion rios do PCI Nesse momento cr tico o aparelho foi n o uma arma de defesa da revolu o mas sim da sua liquida o French

L’Héritage perdu du Parti Communiste Italien: Une histoire du communisme démocratique (French Edition) By Hugues le Paige

2390701213

9782390701217

French

247

Kindle Edition

C tait le parti communiste le plus puissant et aussi le plus original d Europe occidentale la fin des ann es 1970 le Parti Communiste Italien repr sentait pr s d un tiers des lecteurs de la p ninsule il g rait de nombreuses villes et r gions et exer ait son h g monie sur le monde culturel Il se distinguait par une participation politique massive et sans pr c dent de ses militants Il faisait r ver la gauche europ enne Sa d cision de se saborder alors qu il demeurait une force politique majeure a d sesp r des centaines de milliers de militants et a rendu la gauche italienne jamais orpheline Cet essai analyse les raisons d une disparition qui continue d interroger les historiens C est cet h ritage perdu et les le ons que l on peut en tirer qui sont au centre de cet essai Hugues Le Paige n en 1946 Bruxelles est journaliste r alisateur Auteur de nombreux documentaires historiques il a aussi publi des ouvrages consacr s la gauche europ enne C est un sp cialiste de l Italie o il a longtemps v cu et travaill L H ritage perdu du Parti Communiste Italien Une histoire du communisme d mocratique French Edition.